Pode parecer assunto de filme de ficção científica – e até foi, no último filme lançado pela Netflix, O Mundo Depois de Nós, os personagens enfrentam carros autônomos descontrolados, mas a realidade dos veículos autônomos está cada vez mais perto de nós. Com as atualizações no combustível para carros elétricos e todas as novidades dentro dos carros, esse tipo de veículo já existe em outros países e não vai demorar para que apareça nas ruas do nosso país.
E com toda essa inovação, inteligência artificial e confiança dada aos veículos, vem a pergunta que causa calafrios em muitos: o quão seguro está esse endpoint? Assim como qualquer outro tipo de dispositivo, no momento em que ele está em execução e tem acesso a redes externas como bluetooth, internet, etc, ele se torna vulnerável a ataques de hackers e vulnerabilidades.
Como se proteger e ter certeza que seu carro autônomo não está sendo conduzido por criminosos? Leia o artigo na íntegra para saber mais.
Como funcionam os veículos autônomos?
Antes de discutir os aspectos de segurança nesses veículos ultra conectados, vamos entender como eles funcionam brevemente e quais as suas características. Em linhas gerais, um veículo autônomo é um meio de transporte que conseguem utilizar sensores, Inteligência Artificial, algoritmos, e é capaz de realizar viagens sem necessidade de intervenção humana, trazendo uma grande facilidade para a movimentação no dia a dia.
Dentro dessa autonomia, temos 6 tipos diferentes de categorias, que variam de acordo com a capacidade de cada uma delas de avaliar o ambiente, assumir o controle e tomar decisões. Eles podem ir desde os já conhecidos sensores de movimento, presentes em muitos carros atuais, até a utilização de Wi-Fi e algoritmos de IA, usados para diferentes condições de condução e capazes de fazer viagens complexas sem condutor.
A Google tem um projeto de condução com um robotáxi, apresentado em 2022, chamado Waymo. Juntamente com a Tesla, o projeto ainda aguarda aprovação, principalmente na parte de cibersegurança, mas, mesmo ainda não tendo sido aprovado, mostra que as inovações estão presentes e se aproximam cada dia mais.
Quais são as principais ameaças que esse tipo de tecnologia enfrenta?
Devido a sua dependência constante de conectividade, as ameaças que pairam os veículos autônomos são constantes e variadas. Por estar ligado ao smartphone do condutor, ele consegue acesso não somente do sistema embutido, mas a todas as informações disponíveis no celular, como dados sensíveis e arquivos.
Confira alguns dos principais problemas que a falta de segurança nesses tipos de veículos pode trazer:
- Perda de controle do veículo: A principal preocupação nesse caso é o fato de que os veículos exigem extremo cuidado por apresentarem grande risco para a vida de quem está dentro e fora dela. Caso o sistema GPS passe por alguma interferência, por exemplo, ele terá que se comunicar com os veículos à sua volta para uma condução segura e eficiente.
- Injeção de Malware: Através da internet, é possível que seu veículo passe por uma introdução de malware, o que pode comprometer sua integridade e segurança, facilitando roubos, prejudicando atualizações de software, entre outros.
- Ataques Remotos: Por estar sempre conectado, hackers em qualquer lugar do mundo podem invadir os sistemas do veículo para assumir o controle total ou parcial, podendo resultar em acidentes, desvios inseguros ou alterações nos sensores como câmeras e radares.
- Roubo de Dados Pessoais e Ransomware: A privacidade do condutor se torna comprometida uma vez que os invasores conseguem acessar todos seus dados pessoais, o que leva a possibilidade da criptografia de sistemas críticos em troca de resgates, impedindo o funcionamento normal do veículo.
Como se proteger nesses veículos?
Já ficou claro que, apesar de serem uma grande atualização e inovação, os veículos autônomos precisam de uma série de cuidados e considerações antes de entrarem no mercado e tomarem as ruas. Uma das ações que podemos tomar para prevenir determinados ataques é o envolvimento dos fabricantes, garantindo a implementação de sistemas de deteção de ameaças e medidas de prevenção como a instalação de firewalls, detecção de intrusões e monitorização contínua das redes dos veículos.
Atualizações regulares de software devem estar sempre sendo lançadas para que seja possível corrigir vulnerabilidades de segurança. Também pode ser utilizado criptografia de dados transmitidos entre os sistemas do veículo e sistemas externos para proteger contra acesso não autorizado.
Mas o maior desafio para esses veículos ainda está nas implicações legais. No caso de uma invasão ou de um mal funcionamento, quem será o responsável por um possível acidente? Será o fabricante ou o desenvolvedor do software que se mostrou vulnerável? Esse tipo de questão levanta muitas preocupações éticas e morais relacionadas à utilização de carros autônomos, mas a indústria automóvel está se esforçando cada vez mais para evitar que estes problemas ocorram.
Começar com sistemas contra ataques DoS e DDoS, compartilhar a existência de ameaças através da tecnologia V2I, tecnologia V2V ou criar programas de bloqueio abrangentes que são acionados pela detecção de qualquer problema de segurança são algumas das formas que os fabricantes podem se alinhar a empresas de cibersegurança para fazer com que essa inovação se torne viável.
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