Semana passada falamos sobre APIs e como elas funcionam, sendo uma ponte de comunicação e troca de dados entre diversos sistemas e plataformas. Ultimamente, elas têm sido usadas em todos os setores e na maior parte das organizações, desde empresas da área da saúde, como financeiras, indústrias, e IoT. Portanto, proteger e garantir uma segurança eficaz das APIs é uma preocupação geral, e não pode ser menosprezada.
Vamos abordar neste blog algumas das melhores práticas e medidas para proteger a integridade, confidencialidade e disponibilidade dos dados transmitidos por meio dessas interfaces.
Quais as principais ameaças?
No post anterior, quando entramos em mais detalhes sobre as opções que a IA generativa traz quando combinada com a segurança de APIs, comentamos que existem mais de um tipo de interface. Atualmente, uma das mais utilizadas é a que conecta o Google Maps no site das empresas. Isso significa que ela está sempre ativa e conectada a um terceiro, fora da empresa. Esse tipo de comunicação, apesar de não ser um acesso tão grande, pode ser atacado e servir como porta de entrada para hackers e cibercriminosos, e é por isso que é tão importante o monitoramento constante dessas conexões.
Além disso, proteger as APIs evita que os dados sejam expostos, e faz com que a sua empresa não viole a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Entender como acontece o direcionamento das informações nas APIs contratadas faz toda a diferença, e é fundamental que sua equipe de TI possua esse conhecimento, além de garantir o controle de acesso para evitar que aconteçam acessos não autorizados.
Algumas das outras ameaças que atacam as APIs podem ser através de injeções SQL, ou injeção de código, ataques DDoS (onde os invasores sobrecarregam os servidores com tráfego malicioso), quebra do controle de acesso, vazamento de dados sensíveis caso as configurações não forem feitas de forma correta.
Não podemos esquecer dos ataques Man in the Middle, quando um invasor intercepta e altera as comunicações entre dois sistemas. No caso das APIs, os criminosos podem capturar os dados quando eles são transmitidos entre o cliente e o servidor. No caso de componentes desatualizados e vulneráveis, eles podem ser explorados para uma brecha, então é importante sempre atualizar todos eles. Caso aconteça alguma falha de identificação e autenticação, e isso não for detectado em monitoramento ou registros adequados, pode facilitar atividades suspeitas ou ataques.
Mas então como se proteger contra essas ameaças de forma eficaz? Vamos explorar algumas das práticas que você pode adotar.
Lista de melhores práticas para serem adotadas
Para remediar todas essas ameaças e evitar que as brechas aconteçam, é recomendado seguir as seguintes práticas:
1. Tenha uma autenticação forte: Exija autenticação adequada para acessar a API, como tokens de acesso, chaves API ou certificados digitais. Considere a implementação de autenticação de dois fatores para uma camada adicional de segurança, dessa forma, você consegue ter certeza de que somente as pessoas autorizadas terão acesso.
2. Use HTTPS e Valide os Dados de Entrada: Sempre utilize HTTPS para criptografar a comunicação entre o cliente e o servidor, garantindo a confidencialidade e a integridade dos dados transmitidos, e valide os dados de entrada para prevenir ataques de injeção como SQL, XSS e CSRF.
3. Gerenciamento de Chaves: Mantenha as chaves API seguras e implemente práticas de rotação para reduzir o risco de comprometimento.
4. Monitoramento em tempo real: Monitore o tráfego em tempo real para detectar padrões suspeitos ou atividades maliciosas. Mantenha registros detalhados de todas as solicitações e respostas para fins de auditoria e análise forense, isso também ajuda para que você fique em conformidade com leis e regulamentações, não importa a indústria ou o setor em que atua.
5. Atualizações Regulares e Correções de Segurança: Mantenha a API atualizada com as últimas correções de segurança e patches de software para mitigar vulnerabilidades conhecidas, para evitar que explorem brechas já corrigidas e acabam entrando no sistema.
6. Testes de Segurança e Penetração: Realize testes de segurança e pentests regulares para identificar e corrigir vulnerabilidades antes que possam ser exploradas por invasores. A e-Safer realiza testes de penetração e pode te ajudar nessa jornada!
7. Educação e Conscientização: Eduque os desenvolvedores, administradores e usuários sobre as melhores práticas de segurança de APIs e promova uma cultura de segurança dentro da organização. A melhor segurança vem de cada usuário, que pode evitar ataques tomando cuidados simples e se protegendo no dia a dia.
Ao implementar essas práticas, as organizações podem melhorar significativamente a segurança de suas APIs, protegendo seus dados e recursos contra ameaças cibernéticas. Além disso, a conformidade regulatória desempenha um papel significativo, especialmente empresas que lidam com informações sensíveis devem garantir que suas APIs estejam de acordo com regulamentações como GDPR, LGPD, HIPAA e PCI DSS, a fim de evitar penalidades legais e proteger a privacidade dos dados dos usuários.
Uma violação de segurança pode resultar em danos significativos à reputação de uma empresa, levando à perda de clientes e parceiros. Portanto, investir se torna uma estratégia crucial para proteger a marca e manter a confiança do cliente. Felizmente, existem várias práticas recomendadas e soluções de segurança disponíveis para ajudar as empresas a proteger suas APIs contra ameaças cibernéticas. Isso inclui a implementação de firewalls de API, gerenciamento de chaves de API, monitoramento de tráfego em tempo real e auditorias de segurança regulares.
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