Por Adib Abdala
Você já deve ter ouvido falar dos Info-Stealers — programas maliciosos feitos para roubar informações pessoais e corporativas. O nome é recente, mas a prática não é nova: há mais de 20 anos já existiam softwares com o mesmo objetivo. A diferença é que, nos últimos 10 anos, eles ficaram muito mais sofisticados e comuns.
O funcionamento é direto (para o criminoso, claro): esses programas acessam computadores ou celulares da vítima e capturam informações sensíveis, como senhas, números de cartão de crédito e arquivos importantes. Entre os malwares desse tipo mais conhecidos no universo da cibersegurança estão RedLine, Raccoon, Lumma, MetaStealer e Octopus, todos com variações e recursos que dificultam a detecção por antivírus.
Mas por que o Brasil está no topo dessa lista?
O resultado? Um terreno fértil para a disseminação de softwares pirateados, que, aliás, é uma das principais formas de infecção por Info-Stealers. E não para por aí: a popularidade de jogos e aplicativos crackeados, bem como o hábito de buscar versões gratuitas de ferramentas caras, aumenta ainda mais a exposição dos usuários a esse tipo de ameaça.

“Baseado nisso, de acordo com Adib Abdala, o time de Inteligência de Ameaças e-Safer, tem o compromisso de monitorar continuamente os principais canais onde essas informações são vendidas e, muitas vezes, até publicadas gratuitamente. O objetivo é atuar de forma proativa para prevenir ataques complexos antes que eles alcancem infraestruturas críticas ou ambientes internos, mitigando riscos originados pela exposição de credenciais.”