A inteligência artificial tem evoluído muito nos últimos anos, e em uma velocidade assustadora. Além de geração de textos e imagens, agora também é possível manipular vídeos, o que consigo desafios e perigos. Um desses desafios que já tem se provado preocupante é a proliferação de deepfakes e a manipulação de mídia.
Neste artigo, exploraremos em profundidade essas atualizações, analisando seus perigos e impactos em nossa sociedade. Vamos mergulhar no que exatamente são os deepfakes, como eles funcionam, alguns exemplos de situações perigosas e as implicações éticas que esse tipo de tecnologia tem trazido em muitas discussões no mundo todo.
O que é o Deepfake?
Para começar, vamos entender o que é o termo Deepfake e de onde ele surgiu. Basicamente, esse termo é uma junção de “deep learning” (aprendizado profundo) e “fake” (falso), refletindo com precisão a natureza dessa tecnologia. Deepfakes são criados por meio de algoritmos de inteligência artificial que podem manipular e sintetizar conteúdos de mídia, como vídeos e áudios, de uma forma altamente convincente, imitando as expressões faciais e a voz de uma pessoa e as transferindo para o rosto de outra pessoa.
O processo de criação de deepfakes envolve o treinamento de um algoritmo com uma quantidade massiva de dados de áudio e vídeo, geralmente incluindo imagens e clipes da pessoa que você deseja copiar. Uma vez que o algoritmo é treinado, ele pode ser usado para criar materiais que parecem genuínos, mas que, na realidade, nunca aconteceram. Isso pode variar desde a simulação de um discurso convincente de um político a situações de difamação pessoal e até mesmo conteúdo adulto envolvendo pessoas que nunca estiveram juntas.
Exemplos de deepfakes
Nos últimos anos, surgiram vários exemplos notáveis de deepfakes que geraram manchetes e acenderam o alerta sobre os perigos dessa tecnologia. Um desses casos envolveu um vídeo falso do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em que ele parecia fazer um discurso controverso e ofensivo. Outro exemplo famoso é o uso de deepfakes para criar vídeos de celebridades em situações comprometedoras, ampliando a disseminação de informações falsas e difamação.
Em redes sociais como o TikTok, é muito fácil achar perfis dedicados a esses tipos de vídeo, onde pessoas utilizam o deepfake para recriar situações com celebridades e que acabam confundindo muitas pessoas. Esse tipo de vídeo, por conseguir manipular não somente a imagem mais também o áudio, imediatamente levanta preocupações sobre a autenticidade de discursos e entrevistas. Tais exemplos destacam a facilidade com que essa tecnologia pode ser explorada para prejudicar a reputação de pessoas e disseminar desinformação.
Além das fake news espalhadas e presentes em todos os lugares, agora também é preciso tomar cuidado sobre a autenticidade de vídeos e imagens. Nada é confiável na internet, e é imprescindível conferir suas fontes antes de acreditar ou repassar informações online.
Quais outros perigos essa tecnologia traz?
Além das questões de segurança e éticas, também há outros tipos de perigos que podem derivar da utilização de deepfakes, portanto, vamos explorá-los abaixo:
- Crime e Extorsão: Os deepfakes têm sido usados para extorsão, com criminosos ameaçando divulgar vídeos falsos de vítimas em situações embaraçosas ou comprometedoras, a menos que um resgate seja pago. Esse tipo de ameaça já era comum sem essa tecnologia, mas com essa opção na mão dos criminosos, ela aumenta ainda mais.
- Criação de Propaganda Extremista e Discurso de Ódio: Grupos extremistas podem usar deepfakes para criar discursos de ódio ou vídeos que incitam à violência, tornando-se uma ferramenta poderosa na disseminação de ideologias perigosas. No mundo extremamente volátil em que vivemos, alguma informação falsa pode ser o estopim para conflitos e guerras ao redor do mundo, além de prejudicar indivíduos e sua reputação.
- Ética e Responsabilidade: Os deepfakes levantam sérias questões éticas sobre a responsabilidade e o uso adequado dessa tecnologia. Enquanto alguns argumentam que é preciso estabelecer regulamentações e restrições para evitar abusos, outros defendem a liberdade de expressão e a inovação tecnológica. Encontrar um equilíbrio entre essas considerações é um desafio complexo que a sociedade e os governos estão enfrentando atualmente.
Como podemos lidar com esses avanços?
Já ficou claro os perigos que o deepfake oferece, mas sabemos que as evoluções não param e que essa é uma das inovações tecnológicas que chegou para ficar. Mas então, como lidar com esse tipo de tecnologia? Ela representa um avanço notável no campo da inteligência artificial, mas é fundamental que a sociedade, os governos e a indústria tecnológica trabalhem juntos para desenvolver soluções que protejam as pessoas enquanto ainda permitem a inovação e o avanço tecnológico.
Para lidar de forma que as informações sejam confiáveis, teremos que contar com o desenvolvimento tecnológico de análise forense computacional moderna para que eles possam detectar os vídeos e áudios manipulados. Além disso, uma colaboração com plataformas de mídia pode evitar com que fake news e notícias suspeitas circulem pela internet, unindo forças com diversos setores para facilitar o compartilhamento de conhecimento e recursos.
Outra opção que não é exclusiva a esse tipo de tecnologia, é a atualização e treinamento constante dos profissionais de TI. Oferecer cursos e uma educação especializada ajuda a manter as habilidades em dia, para que as pessoas consigam se conscientizar e terem uma resposta mais rápida as informações que recebem, além de uma estrutura ágil que pode ser acionada no caso de situações legais ou de segurança.
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