Com o aumento exponencial das ameaças cibernéticas e o crescente valor dos dados digitais, as organizações têm investido significativamente em proteger suas infraestruturas e informações. Dessa forma, a cibersegurança teve que ser adotada rapidamente e de forma pesada, de forma que fosse possível combater todas as ameaças existentes no momento. Neste cenário, os gastos com cibersegurança no Brasil têm testemunhado um aumento considerável, refletindo a crescente conscientização sobre os riscos e as consequências dos incidentes cibernéticos.
Os números refletem a entrada de mais empresas na área de cibersegurança e as diversas ferramentas disponíveis no mercado. Recursos estão sendo realocados para adquirir tecnologias avançadas, treinar equipes internas e externas, e cumprir regulamentações cada vez mais rigorosas. Além disso, a pandemia acabou acelerando a transformação digital e trouxe um grande aumento nas operações online, o que significa uma maior superfície de ataque e necessita de investimentos adicionais para garantir a proteção de dados e a continuidade dos negócios.
O que diz a pesquisa?
De acordo com a pesquisa da Deloitte, líder na prestação de serviços de auditoria, consultoria e serviços relacionados, após levantamento de dados de mais de 500 empresas, 90% delas afirmaram que pretendem investir mais em segurança digital no ano de 2023. Isso só ressalta os dados que já vinham crescendo no último ano, e ainda complementa a informação quando menos de ⅓ dos entrevistados qualificou o nível de cibersegurança de sua organização como alto ou muito alto.
Essa informação levanta muitas perguntas sobre a estratégia de segurança que essas empresas estão seguindo. Outra pesquisa, realizada anualmente por uma organização com o portifólio de serviços mais diversificado, revela que os investimentos em segurança já fazem parte da estratégia competitiva das empresas. a ampla maioria delas (88%), diz que pretende investir nessas tecnologia durante o ano de 2023 – sendo que 42% desse volume afirmam que o farão ampliando o volume de investimentos já feitos ao longo dos anos, enquanto os outros 46% afirmam que irão manter o mesmo volume de investimentos feito no ano passado.
Com a média mundial em 65%, é possível colocar o Brasil na frente quando falamos de países que estão investindo em tecnologia e segurança, devido a episódios emblemáticos de grande repercussão. Para 63% dos respondentes brasileiros, os CISOs (Chief Information Security Officer) ajudam a acelerar a transformação digital da empresa – dado que é bem maior do que a média mundial, que fica em 44%.
O que dizem os líderes dessas empresas?
Quando perguntados sobre o nível de segurança digital das suas empresas, 25% dos empresários qualificaram como alto ou muito alto. Já 36% responderam que consideram moderado, e 24%, médio. Mas apenas 5% dos empresários afirmam que o nível de segurança das suas empresas é baixo, deixando claro que a consciência cibernética vem se tornando mais presente na agenda das empresas, mas que ainda é necessário avançar bastante.
Percebe-se também que a atenção dos executivos irá se voltar para algumas áreas específicas em 2023, como infraestrutura tecnológica, aplicações aos clientes e gestão de documentos. Muitas fraudes e roubos de dados trazem uma atenção especial a esse tipo de assunto. Além disso, novas tecnologias como o Metaverso podem se fortalecer futuramente como tendência em CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente), o que exigirá abordagens mais sofisticadas de segurança digital.
Entre muitas empresas, as áreas que mais receberão investimentos, de acordo com as respostas dos entrevistados são: infraestrutura tecnológica (32%), aplicações aos clientes (23%), gestão de documentos (21%), intranet (18%), canais de venda e pagamento (17%), gestão de CRM (15%), site da empresa (15%) e aplicações com fornecedores (13%).
Dados da Digital Trust Insights
Ainda este ano, tivemos uma pesquisa feita pela Digital Trust Insights, da PwC Brasil, que ouviu 3.500 lideranças de TI e negócios ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Ainda que a segurança cibernética seja um ponto crucial, a pesquisa revela outro dado que merece atenção: menos de 40% dos entrevistados no Brasil e no mundo dizem ter mitigado totalmente os riscos a que ficaram expostos durante a pandemia. Além disso, 72% dos entrevistados brasileiros e 71% no resto do mundo comentam ter detectado alguma ameaça significativa para os negócios, mas que foi possível impedir que as operações fossem afetadas.
“O cenário de ameaças cibernéticas é extremamente dinâmico, com novos agentes e ataques ocorrendo a cada minuto. É preciso investir muita energia para acompanhar e combater os principais algozes. Aqui no Brasil, por exemplo, no topo da lista das preocupações para 2023 estão, nessa ordem: atividades ciber criminosas, hacktivistas e hackers, concorrentes, aplicativos da web e dispositivos móveis.” Comenta Eduardo Batista, sócio da PwC Brasil. Ele ainda acrescenta que as ameaças na nuvem aumentaram em quase 40% nas empresas do Brasil e do mundo.
Mas, apesar da crescente preocupação com ataques cibernéticos a da sofisticação que eles estão alcançando, cada setor da indústria possui particularidades importantes que foram captadas pela pesquisa. Por exemplo, para o setor financeiro, a preocupação com ataques através de dispositivos móveis chega a ser 9% maior do que em relação à indústria da saúde.
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