Com inspiração no post da Forbes no começo do ano e a medida que nosso mundo digital cresce com uma rapidez que é difícil de acompanhar, a inteligência artificial deixou de ser apenas algo abstrato para ser um elemento importante em nosso dia-a-dia, e promete muito mais num futuro próximo, tornando as coisas mais fáceis e conectadas.
Enquanto a IA frequentemente está associada à conveniência e a processos simplificados, é importante reconhecer que esses avanços também envolvem um grande consumo de dados confidenciais. Além disso, ainda há uma grande discussão sobre a geração de conteúdo através de Inteligência Artificial – como podemos garantir o que é real e o que é artificial?
Dentro dessas discussões, é importante refletir e entender melhor as estratégias de segurança e como a IA pode impactar o mundo cibernético e a privacidade de dados. De acordo com um relatório publicado pela McKinsey, há um desafio crescente nas organizações dentro da área de segurança, que se dá entre o impulso para a digitalização e o dever de proteger.
Como balancear a sua equipe e não ficar para trás quando as ameaças evoluem?
As principais discussões do assunto
As abordagens de cibersegurança que conhecemos de forma tradicional como firewalls, antivírus e sistemas de detecção de intrusão já não são mais suficientes para parar ameaças sofisticadas como malware polimórfico e exploits de zero day. Por serem medidas reativas, que se dão depois do ataque já ter acontecido, há um risco de contaminação do sistema antes que qualquer resposta seja iniciada.
No mundo conectado de hoje, já não temos mais o luxo de reagir. Precisamos focar na prevenção, para que seja possível diminuir ao máximo o tempo de resposta e restringir o acesso a dados confidenciais. Isso pede o uso de soluções adaptativas que conseguem apresentar dados e recursos em tempo real.
E é nesse momento em que a IA pode nos ajudar, pois ela consegue detectar e deter problemas numa facilidade sobre-humana, além de prever problemas antes que aconteçam e compreender o comportamento online de acordo com políticas e parâmetros configurados pela sua equipe, tornando nosso mundo digital muito mais seguro.
Proteção com IA vs Privacidade de dados
A ideia de um sistema mais dinâmico que consegue encontrar e responder ameaças em tempo real parece ser a solução perfeita para a segurança digital. Em previsões otimistas, alguns especialistas comentam sobre o potencial em longo prazo da IA em soluções integradas, uma “segurança por design”, que visa fechar quaisquer lacunas que os criminosos cibernéticos possam aproveitar.
Ao analisar uma grande quantidade de dados, a Inteligência Artificial consegue aprender de forma contínua e evoluir a cada segundo. Mas, muitas vezes, não possuímos clareza suficiente sobre como esses algoritmos são construídos e qual a qualidade dos dados que usam, trazendo discussões e preocupações sobre a privacidade.
Estudos apontam um método de “aprendizado de transferência”, que permite à IA melhorar sem comprometer a privacidade dos dados, aplicando conhecimento de uma tarefa para outra e garantindo uma segurança que não mantém dados sensíveis reféns. Mas seria essa opção o suficiente?
Sabemos que a IA não apenas defende, mas consegue ser uma bola de cristal que prevê ameaças e aponta as brechas dentro da sua infraestrutura para que as organizações possam reforçar suas defesas e manter seus clientes seguros. Em um mundo onde as empresas lidam com toneladas de dados confidenciais, ela ainda é uma das melhores formas de proteger transações e informações privilegiadas. Então como agir quando o quesito é a sua transparência?
O cenário mundial em 2024
Nos últimos anos, existem muitos esforços globais para moldar uma IA e cibersegurança de forma responsável, seguindo melhores práticas e se moldando de acordo com as regulamentações do momento. Parcerias estão surgindo para estabelecer as bases para práticas de segurança impulsionadas por IA sólidas e que podem causar um grande impacto na padronização da IA, como a Parceria Global para Inteligência Artificial (PGAI), Diálogos de Segurança Quadrilateral (QUAD), Acordo de Ética em IA da UNESCO, princípios de IA do G20 e da OCDE, etc.
Na União Europeia, a Lei de IA visa unificar as regras dentro do seu território. Isso traz o conceito de sandboxes regulatórios para garantir a privacidade e segurança de dados, como um cofre para seus dados, garantindo que a privacidade esteja incorporada em tudo que as organizações fazem.
O caminho que devemos seguir não é apenas moldado pelo progresso tecnológico, mas também pelo compromisso com a privacidade e ética digital. Com o o surgimento de riscos como deep fakes ou malware sofisticados, surge a pergunta: este risco está enraizado na própria tecnologia ou em como ela é usada?
Esse é apenas o topo do iceberg em uma discussão que tem tomado os palcos de conferências e eventos em todo o mundo, reunindo profissionais de cibersegurança e tecnologia enquanto analisamos essas questões éticas em torno de uma ferramenta essencial para a segurança das organizações ao redor do Brasil e do mundo.
E na sua empresa, como está a segurança dos seus dados? A sua abordagem ainda é mais tradicional, onde você tem que reagir a ameaças e apenas reduzir os danos? Que tal trocar para uma estratégia proativa, com ferramentas e soluções que reagem em tempo real e conseguem orientar a sua equipe sobre onde e como agir? Entre em contato conosco e mude o escopo da sua cibersegurança hoje mesmo!