Utilizar softwares para lidar com volumes substanciais de informações confidenciais, realizando processamento e armazenamento eficientes se tornou inevitável no cenário atual, em que as vulnerabilidades buscam infiltrar-se nas organizações a cada momento. Garantir uma defesa sólida para esses pilares tão fundamentais reside na compreensão aprofundada do tipo específico e de como funcionam esses softwares.
É imperativo que as equipes de segurança estejam cientes de dois principais tipos de software: aquele desenvolvido sob medida e o comercial pronto para uso (COTS). Com esse blog, vamos entrar em mais detalhes sobre como esses dois tipos de distinguem e como cada categoria pode ser protegida de forma eficaz, com as melhores práticas de segurança a serem adotadas em diversos ambientes.
Software sob-medida vs Software pronto para uso
A principal diferença entre esses dois tipos de software é quem possui o código-fonte – o conjunto de instruções do computador que realiza alguma tarefa. As linguagens de programação modernas que você provavelmente encontrará no código-fonte incluem Java, Python, .NET, Node.js e Go. Em softwares sob-medida, você possui acesso ao código fonte, ao contrário do comercial, onde você adquire o produto mas não consegue acessar o código.
Enquanto o primeiro é desenvolvido para atender às necessidades específicas da sua empresa, o segundo vem com mais flexibilidade e pode atender a diversas finalidades, mas ele não é de uso exclusivo da empresa que o adquiriu.
Mais diferenças entre os dois são as atualizações e gestão de segurança: Na versão sob medida, a proteção começa antes da codificação, e o modelo será desenvolvido de acordo com as ameaças do setor. Já sob as atualizações, depois da entrega do software, se torna responsabilidade da empresa manter a versão mais recente sempre atualizada. Durante o desenvolvimento, é feita a criação de logs para resolver problemas de segurança, e eles permanecem no backlog até que a resolução seja feita pelos desenvolvedores.
Agora, sob os softwares comerciais e prontos para uso, existem alguns desafios extras, como a dificuldade em encontrar problemas que não estavam no projeto original, como APIs não autenticadas, armazenamento de dados confidenciais, microsserviços e comunicação de terceiros. Por se tratar de uma ferramenta que não foi desenvolvida especificamente para uma empresa, ela pode não conversar diretamente com as necessidades dela, fazendo com que seja necessário se adaptar de acordo com o software.
Já as atualizações desse tipo de software geralmente miram em pontos fracos pós-implementação, e a empresa responsável pelo software ajuda a priorizar e corrigir vulnerabilidades de maneira eficiente, fazendo com que a equipe de TI da organização não seja a única responsável por manter o software atualizado. Esse tipo de software também é conhecido como COTS, ou SaaS, e é um modelo geralmente adquirido com uma mensalidade mensal ou anual, como por exemplo o Google Workspace, Microsoft Outlook e muitos outros.
Como proteger softwares SaaS?
Ao utilizar software SaaS ou COTS (Commercial Off-The-Shelf) em uma infraestrutura, uma série de responsabilidades de cibersegurança aparecem. Separamos algumas das etapas para configuração inicial e monitoramento para abordagem detalhada e proativa:
Passo 1. Revisão de Segurança:
Antes da implementação, é necessário conduzir uma revisão de segurança minuciosa do fornecedor e do software. Devido à ausência comum de compartilhamento de código-fonte, os clientes precisam confiar em informações limitadas. Para obter insights mais profundos, considerações como um pentest, uma lista de materiais de software (SBOM), documentação sobre o ciclo de vida de desenvolvimento , certificações como ISO, referências de clientes e direitos de acesso aos dados nos termos e condições podem ser solicitadas.
Passo 2. Concessão de Acesso:
Após a aprovação, a concessão de acesso aos usuários certos é crucial. Essa etapa pode ser efetivada por meio de controle de acesso baseado em funções ou controle de acesso discricionário, dependendo do escopo de utilização do software na organização. Usar abordagens de Zero Trust e conceder acesso somente aos usuários mais cruciais pode evitar que criminosos utilizem contas dentro da organização para acessar dados sensíveis.
Passo 3. Monitoramento Contínuo:
O monitoramento contínuo do software é vital para garantir a segurança a longo prazo. Três áreas merecem atenção especial: Gestão de APIs, que exige um inventário abrangente e que deve ser atualizado conforme os desenvolvedores criam e removem APIs, destacando aquelas que transmitem dados sensíveis; Gestão de usuários, com auditorias regulares, gestão de identidades e senhas, garantindo a correção das configurações e segurança dos acessos; e Transferência Segura de Dados Sensíveis, para detectar e prevenir a saída não autorizada de dados com uma visibilidade em tempo real.
A e-Safer pode ajudar!
Para uma proteção contínua de dados e usuários, nossa equipe trabalha com o SOC, Centro de Operações de Segurança, um serviço 24×7 que garante que sua empresa esteja protegida a todo momento. Não importa se você utiliza softwares desenvolvidos para a sua empresa ou softwares SaaS, as vulnerabilidades se atualizam a uma velocidade inacreditável, e ter uma equipe especializada em monitorar e proteger sua empresa faz toda a diferença.
Ao entender melhor a diferença de cada tipo de software você consegue escolher aquele que se adapta ao seu orçamento e também as suas necessidades, mas além disso, consegue também garantir que a segurança da sua empresa e das suas informações estejam de acordo com as ferramentas utilizadas pela sua equipe.
Quer saber mais como podemos manter você seguro dia e noite, de forma ininterrupta? Entre em contato com nossa equipe agora mesmo e tire todas as suas dúvidas!